A sensação de preocupação demasiada com o futuro ecológico do planeta tem um nome e deve ser levada a sério. Saiba mais sobre a eco-ansiedade
A Terra enfrenta atualmente uma realidade inevitável: as mudanças climáticas, que colocam em risco o futuro do planeta.
Essa situação pode afetar psicologicamente algumas pessoas, gerando um fenômeno conhecido como eco-ansiedade.
A seguir, explicaremos o conceito, as causas e sugerir ações que podem ajudar a evitar esse sentimento de preocupação demasiada.
O que é a eco-ansiedade?
A eco-ansiedade é um fenômeno cada vez mais comum, principalmente entre os jovens que se preocupam com as possíveis consequências da crise climática.
A sensação de preocupação demasiada é intensificada pelas notícias constantes sobre incêndios florestais, enchentes, ondas de calor extremo e extinção em massa.
Esses eventos podem afetar diretamente as pessoas e, ao mesmo tempo, gerar consequências para a saúde mental, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
É importante ressaltar que ignorar a crise ambiental não é a solução para acabar com a eco-ansiedade, é fundamental se informar e tomar medidas para cuidar do planeta Terra, sem cair no negacionismo climático.
A expressão “eco-ansiedade” foi apresentada pela primeira vez em 2017 pela American Psychology Association.
Em outubro de 2021, ela foi oficialmente adicionada ao dicionário de Oxford, refletindo a importância crescente do tema na nossa sociedade.
Quem é mais suscetível a desenvolver eco-ansiedade?
A eco-ansiedade pode afetar qualquer pessoa que se preocupe com o futuro do planeta, mas algumas pessoas podem ser mais suscetíveis a desenvolvê-la.
Geralmente, indivíduos que são mais sensíveis às emoções e à ansiedade em geral, como aqueles com histórico familiar de transtornos de ansiedade.
Ainda, pessoas que moram em áreas onde os eventos climáticos extremos são mais frequentes ou que já sofreram desastres naturais, como enchentes ou incêndios florestais, podem estar mais predispostas a ter ansiedade ambiental.
Indivíduos que trabalham com meio ambiente, como cientistas ou ativistas, também estão mais expostos à eco-ansiedade, devido ao seu envolvimento direto com questões ambientais.
É importante salientar que a eco-ansiedade também afeta grupos marginalizados, como povos indígenas e comunidades pobres, por serem mais vulneráveis a desastres ambientais e terem menos recursos para lidar com as consequências.
Como amenizar a eco-ansiedade
Para minimizar os efeitos da eco-ansiedade, assim como em qualquer transtorno relacionado à ansiedade, é possível trabalhar a regulação emocional, desenvolver a resiliência e buscar o lado positivo em meio às adversidades.
Além disso, fazer a nossa parte para cuidar do planeta pode ajudar a reduzir o sentimento de culpa e promover um estilo de vida sustentável.
Veja algumas dicas para amenizar sua ansiedade em relação ao futuro do meio ambiente:
- Educação sobre as mudanças climáticas é fundamental. Conscientize-se e ajude a conscientizar os outros sobre esse problema.
- Adote um consumo responsável e recicle para proteger o meio ambiente, além de reduzir o uso de plástico.
- Experimente atividades sustentáveis, como criar uma horta urbana ou praticar plogging, que consiste em recolher lixo plástico enquanto faz uma corrida leve.
- Priorize a mobilidade e a alimentação sustentáveis. Sua saúde e a do planeta agradecem.
- Evite pequenas ações que poluem, como deixar a torneira aberta ou jogar lixo no chão, já que pequenos detalhes também fazem a diferença.
É importante ressaltar que o acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico é essencial para tratar e curar problemas relacionados à saúde mental.
Leia também:
Saiba mais sobre a agricultura orgânica
Lixo orgânico: o que é e como reaproveitar
Aprenda a lavar roupas sem agredir o meio ambiente