Fundada por Duani Stedile e Breno Pereira, a Cacto Azul fatura R$ 20 mil por mês vendendo itens como bolsas, pochetes e carteiras.
O casal de empreendedores Duani Stedile, 29 anos, e Breno Pereira, 33, viu em uma calça jeans rasgada duas oportunidades: uma de negócio e outra de diminuir o volume de descarte incorreto das peças.
Decididos a não jogar a peça no lixo, a dupla então apostou na reinvenção, e decidiu fazer uma mochila com o tecido dessa calça que não estava mais em condições de ser usada nem doada.
As primeiras vendas foram em feiras de artesanato no Rio do Sul, em Santa Catarina, cidade onde o casal vive. Ali Duani percebeu que só o fato de ser um produto sustentável não era o suficiente e buscaram, então, aprimorar os produtos aliando beleza, versatilidade e praticidade para as peças.
Em 2019, diante do interesse de outras pessoas pela invenção, eles criaram a Cacto Azul, um e-commerce que hoje conta com bolsas, pochetes e carteiras, além da mochila, que foi o produto inicial.
A empresa compra as peças em bazares e brechós promovidos por entidades que ajudam pessoas carentes. “A gente prioriza comprar deles, porque assim a gente acaba ajudando essas pessoas”, explica Breno Pereira.
Depois de compradas, as calças são higienizadas e descosturadas. “A gente desmancha a costura para poder reaproveitar a maioria da peça e não haver muito desperdício”, explica Duani. Além de reaproveitar o jeans, nenhum tipo de plástico é utilizado durante o processo de produção. As embalagens são feitas com material reciclado.
A princípio, o empreendimento era algo paralelo. Antes de abrir o próprio negócio, Stedile trabalhava como advogada e Pereira era engenheiro de produção, mas com o aumento das vendas e com o crescimento do projeto, ambos decidiram se concentrar completamente no desenvolvimento da marca. Hoje, o casal vive somente da renda da Cacto Azul, que tem um faturamento mensal de R$ 20 mil.
No futuro, a dupla espera ter uma loja no litoral e abrir um showroom. Outro sonho é investir em um projeto social para capacitar pessoas que querem fazer trabalhos manuais, mas que não têm condições de pagar um curso profissionalizante.
Fonte: PEGN