A Taxa de Ação Climática será usada para financiar o “plano verde”, que tem como foco cortar as emissões da cidade até 2032.
Não só os países em desenvolvimento que enfrentam dificuldades para financiar projetos de adaptação para conter as mudanças climáticas. Auckland, na Nova Zelândia, tomou uma medida pioneira para angariar fundos para o plano verde da cidade: cobrar uma taxa climática dos moradores. Com o valor arrecadado através do novo imposto, Auckland se compromete a destinar recursos para tornar a cidade mais sustentável: com mais árvores, incentivos ao transporte coletivo e novas rotas para ciclistas.
Ao anunciar o plano, o prefeito Phil Goff disse que os proprietários de casas serão tributados em pouco mais de um dólar neozelandês (cerca de R$ 3,85) por semana para contribuir para um eventual fundo climático de US$ 1 bilhão criado para reformar a infraestrutura da cidade, incluindo a descarbonização do sistema de transporte – especificamente da frota de balsas, que responde por 21% das emissões de Auckland – , e o plantio de mais árvores, de acordo com matéria publicada no The Independent.
Chamado de Taxa de Ação Climática, o imposto pretende arrecadar cerca de US$ 574 milhões ao longo de 10 anos, e também deve contar com US$ 471 milhões provenientes de um cofinanciamento do governo central e outras fontes, de acordo com detalhes compartilhados por Goff.
“Embora ninguém goste da ideia de pagar mais tarifas, ouvimos claramente dos habitantes de Auckland que eles querem que façamos mais com relação às mudanças climáticas e melhoremos nosso sistema de transporte público. Devemos ser capazes de dizer às gerações futuras que usamos todas as ferramentas da caixa de ferramentas para enfrentar a crise climática ”, acrescentou.
Fontes: Um Só Planeta, Clima Info