A Starbucks anunciou esta semana que, a partir de 7 de novembro, suas lojas nos EUA e Canadá eliminarão as taxas extras para leites vegetais — incluindo leites de aveia, soja, amêndoa e coco — que adicionam de 70 a 80 centavos de dólar ao custo de uma bebida.
É uma mudança pela qual os defensores dos animais estão há muito tempo batalhando para acontecer. Em 2022, o ator de Succession James Cromwell — em parceria com a PETA — foi um dos responsáveis pelo protesto contra a cobrança adicional da Starbucks pelos leites vegetais, na cidade de Nova York.
A notícia chega enquanto a gigante do café tenta reconquistar clientes após uma queda acentuada nas vendas no ano passado, inclusive encerrando grande parte da sua operação no Brasil. Nos EUA, alguns clientes estão deixando de consumir devido à inflação, “recusando lattes de US$ 8, enquanto outros estão boicotando a rede por vários motivos”, de acordo com o New York Times.
A taxa do leite vegetal não ajudou. Nos EUA, cerca de um quarto das bebidas da Starbucks que incluem leite são pedidas com leite vegetal, de acordo com dados de 2021, e o acréscimo acrescenta muito mais ao custo de uma bebida para o cliente do que o custo real do leite vegetal para a Starbucks.
De acordo com a Switch4Good, uma organização sem fins lucrativos que defende o abandono dos laticínios e há muito tempo se agita contra a sobretaxa do leite vegetal, custa à Starbucks entre 9 e 28 centavos a mais para fazer uma bebida com leite de soja, amêndoa ou aveia. Isso significa que a taxa extra de 70 a 80 centavos pode representar uma margem de lucro de mais de 700%, dependendo da alternativa ao leite.
Fonte: Vox