Um novo estudo concluiu que se os poluentes atmosféricos ficassem nos limites recomendados pela OMS, uma pessoa média poderia viver 2,3 anos a mais
O Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC) liberou o seu relatório anual do Índice de Qualidade de Vida do Ar (AQLI), ficando comprovado que a poluição atmosférica por partículas finas é uma grande ameaça a saúde pública.
Essas partículas, advindas de emissões veiculares, industriais e incêndios florestais, estão associadas a doenças pulmonares, cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e câncer.
Se os poluentes presentes no ar fossem reduzidos aos limites recomendados pela OMS, 5 microgramas por metro cúbico, uma pessoa média acrescentaria 2,3 anos em sua expectativa de vida, afirmam os dados.
O consumo de tabaco, por exemplo, reduz a expectativa de vida global em 2,2 anos, um tempo menor em comparação à poluição atmosférica.
Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão são, nessa ordem, os quatro países mais poluídos em termos de médias anualizadas e ponderadas pela população de partículas finas, detectadas por satélites e definidas como partículas com um diâmetro de 2,5 mícrons ou menos (PM2.5).
Os residentes do Bangladesh, onde os níveis médios de PM2.5 eram de 74 microgramas por metro cúbico, ganhariam 6,8 anos de vida se esses valores fossem reduzidos às diretrizes da OMS.
Na China, que realiza esforços para combater a poluição do ar desde 2014, a taxa caiu 42,3% entre 2013 e 2021.
Se as melhorias forem mantidas, um cidadão chinês médio poderá viver em torno de 2,2 anos a mais.
Nos EUA, medidas legislativas como a Lei do Ar Limpo ajudaram a reduzir a poluição em 64,9% desde 1970, fazendo com que os estadunidenses ganhassem 1,4 ano de expectativa de vida.
Fonte: Um Só Planeta
Leia também:
A emissão de CO₂ na indústria do cimento
Brasil é o principal responsável pela perda de florestas
Estudo mostra sentimentos presentes no ativismo