Segundo dia do evento traz a Riachuelo como um dos grandes players da indústria da moda para discutir a necessidade de práticas mais sustentáveis no setor.
“É o único futuro possível”. Essa é a definição de sustentabilidade para Marcella Kanner, Head de Comunicação Corporativa e Marca da Riachuelo, e uma das fundadoras do movimento Moda que Transforma, que, por meio de um comitê, debate o desenvolvimento de ações voltadas para sustentabilidade, responsabilidade social e diversidade.
Ao reconhecer que a moda é uma indústria de alto impacto ambiental, a profissional vê com otimismo o cenário. “Fico muito feliz em ver que essa é uma discussão cada vez mais presente, que realmente está entrando em pauta de forma consistente, tanto na vida das pessoas como nas estratégias das empresas”.
Ações de referência
A Riachuelo é um dos exemplos da movimentação do setor a caminho da sustentabilidade. A marca tem uma linha crescente de produtos com atributos de sustentabilidade, que hoje já representam 20% do que é vendido em loja. A meta da empresa é que esse número chegue a 50% dos produtos vendidos até 2023.
O produto de destaque dessa linha é o jeans, que hoje é produzido com até 100% de água tratada e recuperada, até 85% menos produtos químicos e 100% com energia renovável, números que são fruto de um grande investimento em tecnologia para reduzir de forma expressiva o impacto causado pela produção.
Marcella ressalta que um dos grandes desafios de todos os players do mercado é fechar o circuito da moda com a reciclagem têxtil de forma escalável, e que a pesquisa para a criação de um projeto concreto de circularidade é outro grande pilar de investimento da Riachuelo. Ela adianta, ainda, que em breve a marca vai anunciar uma meta de redução da pegada de carbono na produção, tema que a marca vem olhando desde 2019.
Da tendência à realidade
O YOUPIX Summit, um dos maiores eventos de influência da América Latina, trouxe uma composição diversa para este painel sobre Sustentabilidade na Influência e na Moda. Sob mediação de Thainara Cazelli, responsável pela área de influência da Riachuelo, integraram a conversa Mônica Benini, criadora de conteúdo e amplificadora de temas como sustentabilidade e consumo consciente; e André Carvalhal, escritor, consultor e especialista em design de sustentabilidade para marcas e moda.
Para Carvalhal, pensar sobre sustentabilidade na moda tem a ver com pensar em como fazer essa grande indústria que alimenta sonhos, desejos, gera empregos e movimenta a economia operar de forma mais responsável, mais sustentável, sem esgotar com todos os recursos naturais.
O consultor em comportamento e sustentabilidade enxerga que esse movimento é sim uma tendência, mas alerta para o risco de ficar na superficialidade dessa tendência. Segundo o especialista, para gerar mudanças consistentes e efetivas no setor é necessária uma composição entre legislação, políticas públicas, incentivos, e a expansão de consciência das pessoas, tanto de quem desenha essas leis quanto da sociedade, que pode se organizar e cobrar todos os lados envolvidos para impulsionar essa transformação estrutural.
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