Cidade australiana inova para diminuir a poluição em rios, córregos e oceanos.
A poluição no Brasil é algo cada vez mais comum e cotidiano para o brasileiro desde meados do século XX, na qual começou um processo de intensa urbanização do país.
Nas grandes cidades é muito fácil encontrar diferentes formas de impurezas que acabam acarretando prejuízos na qualidade de vida da população e na saúde do meio ambiente.
Cenários como córregos ao ar livre, rios e mananciais lotados de lixo e cidades com uma péssima qualidade do ar, são exemplos comuns dessas situações de poluição urbana.

Na tentativa de diminuir a poluição fluvial, a cidade australiana de Kwinana propôs uma nova forma simples de combater lixos que acabam chegando aos rios e reservatórios da região.
Em parceria com a empresa StormX, os australianos desenvolveram uma rede de tecidos capazes de filtrar e armazenar o lixo oriundos dos sistemas de drenagem da cidade, evitando a infecção dessas águas e as enchentes nas áreas residenciais.
Elas são instaladas nas saídas dos tubos possibilitando uma filtragem de poluentes de até 5mm de tamanho. Segundo o portal da cidade australiana, o sistema foi montado em março de 2018 com apenas duas redes iniciais.
A partir do mês de maio de 2018 a junho de 2019, foram coletados, aproximadamente, 1,700 kg de resíduos sólidos, sendo as malhas trocadas onze vezes desde sua instalação.
O máximo capturado por uma única armadilha foi de 260 kg, sendo encontrado desde embalagens de comida, garrafas, latinhas até material orgânico como areia e folhas de árvores.

Além de ajudar na coleta desses resíduos, o equipamento desenvolvido pela Stormx, possibilitou uma redução nos gastos na limpeza desses tubos que antes eram feitos à mão por funcionários da prefeitura de Kwinana. Porém, vale ressaltar alguns pontos que podem ser negativos em um futuro próximo.
A prefeitura não informa se algum animal já foi capturado nessas redes e isso poderia causar um efeito ambiental colateral importante, visto que se retira lixo, mas pode-se prender animais que vivem nestes sistemas de drenagem.
Além disso, o custo da instalação de cada rede foi de 10.000 dólares americanos, que pode ser um empecilho quando pensamos na realidade financeira dos estados e municípios brasileiros, apesar de que nas grandes cidades brasileiras os investimentos em obras contra enchentes, como a limpeza de rios e córregos, chegam a casa dos milhões.