Grupo holandês prevê que a viagem deverá ocorrer em 2028. A rota escolhida foi entre Roterdã, na Holanda, e Londres, no Reino Unido.
Uma parceria foi formada entre empresas holandesas visando um transporte comercial mais sustentável.
O objetivo do consórcio é realizar o primeiro voo comercial de um avião de passageiros movido a 100% hidrogênio dentre de seis anos.
A rota escolhida para o voo foi entre Roterdã, na Holanda, e Londres, no Reino Unido.
A iniciativa faz parte de um longo plano para tornar as viagens aéreas de curta distância mais ecológicas e sustentáveis.
Segundo o jornal The Guardian, inicialmente, a tecnologia que o grupo irá usar será implementada em uma aeronave turboélice existente, que possui de 40 a 80 assentos.
A expectativa é que, mais tarde, a tecnologia poderá ser aplicada em aeronaves maiores adaptadas.
O consórcio foi idealizado pela Unified International com a InnovationQuarter, a agência de desenvolvimento econômico regional da Holanda, e tem como parceiros a Fokker, fabricante de aeronaves, e a Delft University of Technology, da Holanda.
Aviões precisam de novo planejamento
Para o hidrogênio ser utilizado como combustível, é necessário que os aviões sejam redesenhados. Ele precisa ser armazenado em tanques isolados, sendo relativamente pesados.
O jornal The Guardian explica que no projeto das empresas holandesas, a ideia é que as cápsulas de hidrogênio estejam localizadas na cauda do avião. Diferente do combustível convencional, que costuma ser armazenado nas asas.
Os aviões movidos a hidrogênio podem ser um pouco mais lentos do que os movidos a querosene em viagens de médio curso. No entanto, nas mais curtas, a expectativa é que não haja muita diferença.
Segundo os testes realizados, um avião a hélice movido a hidrogênio deve conseguir atingir velocidades de até 600 km/h.
Iniciativas com essa são muito importantes para o combate ao efeito estufa, já que a indústria da aviação é responsável por cerca de 2,4% das emissões globais anuais de carbono.
Além disso, pesquisas sugerem que 9 em cada 10 passageiros de curta distância aceitariam pagar mais se pudessem ter certeza de que sua viagem é livre de emissões de gases de efeito estufa.