Mantida em cativeiro no Miami Seaquarium por 52 anos, a orca Lolita, que seria liberta em 2 anos, faleceu devido a problemas renais
A orca Lolita, com a idade de 57 anos, faleceu pouco antes de alcançar a tão esperada liberdade.
O Miami Seaquarium confirmou o falecimento do animal na sexta-feira (18/8) por meio de suas redes sociais.
“Apesar de ter recebido os melhores cuidados médicos possíveis, ela faleceu na tarde de hoje, devido a um problema renal.”
Em março deste ano, após décadas de luta, o Miami Seaquarium anunciou ter chegado a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita para transferir a orca para um santuário oceânico no noroeste do Pacífico em até dois anos.
O anúncio foi feito na época por meio das redes sociais do aquário na Flórida, Estados Unidos. “Lolita receberá os melhores cuidados possíveis, enquanto a equipe trabalha para possibilitar sua realocação nos próximos 18 a 24 meses”, informou o Miami Seaquarium.
Luta pela liberdade
Em 1970, Lolita e várias outras baleias foram vítimas de uma captura violenta de um grupo próximo a Seattle, no estreito de Puget.
Quatro filhotes de baleia e um adulto foram mortos durante essa captura, considerada uma das maiores ações contra orcas na história, mais de 90 animais foram perseguidos e aprisionados em redes.
Muitas delas morreram, e várias foram vendidas para parques marinhos.
Lolita foi comprada pelo Miami Seaquarium por US$ 6 mil (aproximadamente R$ 30 mil), onde viveu confinada por décadas, sendo usada para entretenimento humano.
Defensores dos direitos dos animais lutaram durante décadas por sua liberdade, argumentando que ela merecia retornar à sua casa no noroeste do Oceano Pacífico.
Orca Solitária
Lolita era a única sobrevivente desse ataque e passou quase toda a sua vida no menor e mais antigo tanque de orcas dos Estados Unidos.
A orca tinha cerca de quatro anos quando foi capturada e separada de sua família e lar.
Em 1980, já no aquário, Lolita perdeu seu companheiro Hugo, devido a um aneurisma cerebral causado após o animal bater repetidamente a cabeça contra o tanque onde estava aprisionado.
Com poucos estímulos e sem oportunidade de se envolver significativamente em comportamentos básicos e naturais de orcas, Lolita passava os dias flutuando apaticamente.
Fonte: Metrópoles
Leia também:
Ativistas pedem liberação de ursa presa
O trágico transporte de animais
Proibido o uso de animais para testes