Líderes reafirmam compromisso de US$ 100 bilhões em financiamento até 2023 para países em desenvolvimento.
Nesta quarta-feira a cúpula da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) discute o investimento financeiro global necessário para o cumprimento das metas de redução das emissões de poluentes e para o desenvolvimento de estratégias sustentáveis para as economias.
O chanceler do Reino Unido, Rishi Sunak, que abriu o dia de discussões acerca do tema, afirmou que esta é a primeira COP que reúne líderes financeiros e empresariais para “direcionar a riqueza do mundo para preservar nosso planeta”.
Sunak falou também sobre a já divulgada meta dos países mais desenvolvidos fornecerem US$ 100 bilhões em financiamento climático para as nações em desenvolvimento. Ele afirmou que o G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo – vai se esforçar para cumpri-la.
O chanceler afirma que haverá um trabalho duro do grupo para chegar a esse número mais cedo e, nos próximos cinco anos, se comprometer a entregar US $ 500 bilhões em investimentos aos países que mais precisam. Quanto ao Reino Unido, Sunak afirma o compromisso de entregar £ 100 milhões.
Ele convocou o mercado de investimento privado a canalizar sua atenção em um futuro de baixo carbono e afirmou que todo o sistema financeiro global será “religado” para o líquido zero, com “dados climáticos melhores e mais consistentes, títulos verdes soberanos, divulgações de sustentabilidade obrigatórias, vigilância adequada dos riscos climáticos e padrões globais de relatórios adequados”. Sunak afirmou ainda que o Reino Unido está liderando o mundo neste caminho e vai se tornar o “primeiro centro financeiro global alinhado a zero líquido”.
Especialistas, no entanto, reagiram de forma crítica ao anúncio. Charlie Kronick, consultor climático sênior do Greenpeace Reino Unido, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, disse que “esta COP exige uma ação transformadora no setor financeiro, mas o chanceler chegou com um slogan de marketing. O primeiro centro financeiro do mundo alinhado a zero líquido seria aquele em que as instituições financeiras e as empresas são obrigadas por lei, no início, a alinhar seus empréstimos e investimentos com a meta global de limitar o aquecimento a 1,5ºC”.
Fontes: Um Só Planeta, CNN Brasil