É improvável que a combinação de carne cultivada e à base de plantas seja a chave para os consumidores que desejam proteína sem abate
A carne cultivada está sendo aclamada pelos profissionais do setor como o futuro da alimentação sustentável.
Isso ocorre, pois a pecuária é catastrófica para o meio ambiente, responsável por pelo menos 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Também é um risco à saúde pública, pois a agricultura industrial está ligada a uma maior probabilidade de futuras pandemias.
Essas questões combinadas deixam claro que um afastamento da carne é essencial, e a carne cultivada foi anunciada como a resposta.
Para introduzir suavemente as proteínas cultivados no sistema alimentar, estão sendo sugeridos desenvolvimentos híbridos.
Criado pela mistura de proteína à base de plantas com carne cultivada, o resultado é supostamente um produto de carne mais limpo, saboroso e que também não requer pecuária intensiva ou abate de animais.
Mas será que esse processo é de fato necessário? Devemos lembrar que o sucesso da carne híbrida provavelmente dependerá da captura de um contingente específico de consumidores que já estão abertos a desenvolvimentos culturais.
Provavelmente, a carne híbrida não é a resposta
Os produtos híbridos não têm sucesso garantido para obter a aceitação do consumidor para a carne cultivada.
Dado que a hesitação se baseia no sentimento de que a carne cultivada em biorreatores é menos natural do que a produzida pelo abate, os desenvolvimentos híbridos podem enfrentar a mesma relutância do consumidor.
Além disso, também estará sujeito aos mesmos atrasos regulatórios, o que significa que também não acelerará a disponibilidade no mercado.
Esses fatos levantam a questão: vale a pena desenvolver produtos híbridos? Bom, talvez seja melhor não turvar as águas.
Devemos manter a carne cultivada como um novo desenvolvimento empolgante, mas totalmente independente, que visa reduzir o impacto ambiental da carne padrão em até 96%.
Fonte: Plant-Based News
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