Assim como a grande maioria dos alimentos de origem animal, os ovos também tem impacto negativo no meio ambiente, no bem-estar animal, entre outros. Confira!
O consumo de ovos é generalizado, sendo um dos alimentos básicos na cozinha de grande parte da população.
No entanto, a produção constante e a exploração das galinhas resultam em um grande impacto no planeta.
Já que o ovo, assim como a maioria dos alimentos de origem animal, possui efeitos no meio ambiente que podem derivar tanto da criação de galinhas até ao uso do solo e da água.
Apesar de ter um impacto menor, se comparado com a produção de carne e laticínios, a produção de ovos ainda contribui para todas as emissões de gases do efeito estufa provenientes da pecuária.
Impacto no bem-estar animal
A crueldade contra os animais é um tema importante na discussão sobre os impactos da produção de ovos.
As galinhas e os pintinhos são submetidos a condições extremas na indústria pecuária, além do óbvio confinamento em gaiolas.
Em geral, a indústria de ovos não precisa de pintinhos machos, já que eles não botam ovos nem contribuem para a produção de alimentos.
Portanto, assim que nascem, esses animais são mortos. Nos Estados Unidos, cerca de 300 milhões de pintinhos são abatidos anualmente.
Outra questão é a muda forçada, uma tática que envolve a fome forçada de galinhas.
Durante o período da muda, os animais param de botar ovos, mas depois voltam a produzir mais do que o normal.
Os produtores diminuem a alimentação das galinhas para induzi-las ao processo de muda, aumentando a produção de ovos.
Além disso, o estresse do confinamento resulta em casos de automutilação e até canibalismo entre as galinhas.
Para evitar isso, os produtores intencionalmente removem parte do bico desses animais, muitas vezes sem qualquer método para minimizar a dor, resultando em dor aguda ou crônica para as aves.
Antes da criação seletiva e manipulação ambiental para aumentar a produtividade se tornarem a norma na criação de ovos, as galinhas botavam cerca de 20 ovos por ano.
No entanto, com a criação desses animais na indústria pecuária, esse número aumentou para 300 ovos anuais.
Isso resulta em maior estresse para as galinhas, menor expectativa de vida e ferimentos resultantes da mudança em seus corpos.
Impacto no solo e na água
O impacto ambiental da produção de ovos não se limita apenas ao bem-estar animal, mas também inclui a contaminação do solo e da água pelo esterco das galinhas.
Embora em pequenas quantidades o esterco possa ser benéfico para o solo, o excesso resultante da criação intensiva desses animais pode ter efeitos prejudiciais.
A contaminação da água e do solo por altos níveis de fósforo e nitrogênio presentes no esterco de galinha pode ser um desses efeitos.
Além disso, o acúmulo de dejetos de animais pode resultar em bactérias e outros patógenos, bem como odores que podem impactar as comunidades locais.
No entanto, em comparação com outros produtos de origem animal, os ovos têm uma pegada menor no consumo de água.
Em média, o ovo requer 25% menos água do que a produção de carne bovina e 75% menos água do que a produção de frango, quando medido com base nas calorias do alimento.
Outros impactos
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Oviedo, da Espanha, analisou o impacto ambiental do ovo em 18 categorias e concluiu que a alimentação das galinhas é a principal responsável por efeitos negativos no meio ambiente.
Substituir galinhas por aves mais novas também impacta o meio ambiente, mas aumentar a “vida útil” dos animais pode reduzir os impactos.
Além disso, o transporte de alimentos é um grande responsável pela destruição da camada de ozônio na produção de ovos.
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