Os conselheiros juvenis da ONU vão agir em prol da justiça climática e pretendem impulsionar as metas prometidas pelos países participantes do Acordo de Paris
Observando o poder transformador das novas gerações, a ONU designa anualmente jovens conselheiros para atuarem como porta-vozes dos desafios e soluções que o mundo precisa.
Durante a última parte do sexto relatório de avaliação (AR6) divulgado na semana passada, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) anunciou os escolhidos para 2023.
Os novos conselheiros juvenis da ONU atuarão em prol da justiça climática e para impulsionar as metas prometidas pelos diferentes países signatários do Acordo de Paris.
Ademais, colaborarão com outros jovens líderes e movimentos climáticos em todo o mundo, para pensar em soluções globais e apresentar novas propostas à Organização das Nações Unidas.
Conheça os 7 ativistas escolhidos para o Grupo Consultivo da Juventude da ONU:
1. Ayisha Siddiqa, Estados Unidos
A ativista paquistanesa-americana é defensora dos direitos humanos e da terra.
É co-fundadora da Polluters Out e da Fossil Free University, coalizações jovens que lutam para que poluidores da indústria de combustíveis fósseis fiquem de fora de terras, governos, bancos, universidades e espaços de influência.
Atualmente, é pesquisadora acadêmica na Escola de Direito da Universidade de Nova York e foi recentemente nomeada Mulher do Ano pela revista Time.
2. Beniamin Strzelecki, Polônia
O ativista polonês é defensor da ação climática e da transição energética justa.
Atualmente, é co-presidente do Student Energy Summit 2023, evento que acontecerá em novembro e dezembro na Universidade de Nova York em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.
3. Fatou Jeng, Gâmbia
O ativismo de Fatou Jeng foca na mobilização (inter)nacional em prol da educação pelo clima.
A jovem fundou a Clean Earth Gambia em 2017, uma organização climática local liderada por jovens que mobiliza milhares de gambianos a ajudar comunidades marginalizadas e vulneráveis na construção da resiliência frente às mudanças climáticas.
Fatou é negociadora de clima e gênero da Gâmbia para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
4. Jevanic Henry, Santa Lúcia
Defensor do clima, Jevanic Henry atuou como enviado especial para mudanças climáticas para a Caribbean Youth Environment Network, rede caribenha ambiental formada por jovens, e foi bolsista da Fundação das Nações Unidas.
Ele também trabalhou como funcionário estrangeiro no governo de Santa Lúcia, especialmente na unidade de mudança climática.
Além disso, Jevanic foi coautor de um guia prático sobre como melhorar o acesso ao financiamento climático.
5. Josefa Tauli, Filipinas
Josefa é defensora da participação juvenil significativa, dos direitos humanos e dos direitos e conhecimento dos povos indígenas.
A ativista é coordenadora de políticas da Global Youth Biodiversity Network (GYBN), que atua como constituinte jovem da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CBD), um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.
6. Joice Mendez, Colômbia/Paraguai
Joice Mendez é empreendedora social e defensora do clima com foco em água, alimentação e justiça energética.
Ela é co-fundadora de várias organizações juvenis locais e regionais, incluindo o Observatório de Educação Ambiental Moema Viezzer, o Observatório Latino-Americano de Geopolítica de Energia e o Coletivo Juvenil binacional da Bacia do Paraná 3.
Em 2015, sua iniciativa Cultivando Água Boa foi contemplada pelo prêmio “melhores práticas da água”.
7. Saoirse Exton, Irlanda
A estudante e ativista climática está à frente de movimentos do Fridays For Future e defende que a riqueza do conhecimento mantido em narrativas e línguas de povos tradicionais pode restabelecer o equilíbrio da Terra.
Saoirse é membro do C40 Cities Global Youth and Mayors’ Forum, atuando no aconselhamento de políticas municipais e defendendo uma economia voltada à prosperidade compartilhada.
Fonte: Um Só Planeta
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