Saiba o que são créditos de carbono e a sua grande importância para o desenvolvimento sustentável.
O que são créditos de carbono?
A cada uma tonelada de dióxido de carbono não emitida, é gerado um crédito de carbono.
Um crédito de carbono = 1 tonelada de CO₂ não emitida.
Quando o país consegue reduzir a emissão dessa tonelada, recebe uma certificação emitida pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e seus créditos estarão disponíveis para comercialização.
Empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas opções para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Assim, elas indiretamente ajudam na manutenção do projeto de redução.
Através dessa comercialização dos créditos de carbono, os países se esforçam para implementar projetos e ações que diminuam a emissão dos gases poluentes.
Esses projetos visam reduzir os níveis de desmatamento, contribuem para o consumo consciente, incentivam o uso de fontes de energia alternativas, entre outros.
Uma forma comum de reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa, parte da substituição de combustíveis em fábricas.
Elas deixam de usar fontes de energia não renováveis como lenha de desmatamento e usam fontes de energia renováveis como resíduos da agropecuária.
Dessa maneira, estão contribuindo para a diminuição do desmatamento e emissão de gases que geram o efeito estufa.
Entenda o cálculo dos créditos de carbono
Através de uma tabela, é medido o Potencial de Aquecimento Global dos gases que causam efeito estufa, que são convertidos e representados em toneladas de CO₂.
O potencial do Óxido Nitroso (N₂O), por exemplo, é 310 vezes maior do que o do Dióxido de Carbono (CO₂). Logo, uma tonelada de Óxido Nitroso equivale a 310 créditos de carbono.
Veja o Potencial de Aquecimento Global dos gases que causam o efeito estufa:
Dióxido de Carbono (CO₂) = 1
Metano (CH₄) = 21
Óxido nitroso (N₂O) = 310
Hidrofluorcarbonetos (HFCs) = 140 ~ 11700
Perfluorcarbonetos (PFCs) = 6500 ~ 9200
Hexafluoreto de enxofre (SF6) = 23900
Protocolo de Quioto e o início do crédito de carbono
O Protocolo de Quioto, acordo resultante de diversos eventos que discutiram as questões climáticas, foi negociado no Japão em 1997.
Nele, ficou estabelecido que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos deveriam reduzir em média 5,2% das emissões de gases causadores do efeito estufa.
A porcentagem foi calculada em relação aos níveis de gases medidos em 1990.
O tratado consegue mostrar a preocupação mundial em relação às alterações climáticas decorrentes do aquecimento global.
O consumo compulsório, consequência do aumento produtivo devido à inserção de novas tecnologias na indústria, levou a sociedade às más condições climáticas.
Os recursos naturais foram explorados, houve aumento do desmatamento e a poluição mediante a queima de combustíveis fósseis nas indústrias.
Vantagens e desvantagens do crédito de carbono
Alguns especialistas dizem que a medida serve apenas como uma licença para prosseguir com a emissão de gases causadores do efeito estufa, uma vez que os créditos podem ser comprados.
A supervalorização dos créditos de carbono na economia pode prejudicar países em desenvolvimento, já que esses não detêm as tecnologias suficientes para implementar projetos que reduzam suas emissões.
Em contraponto, os créditos de carbono representam a não emissão de toneladas de carbono na atmosfera e a ação, de fato, reduziu a emissão dos gases. Logo, a criação deles está ajudando o meio ambiente e diminuindo o efeito estufa.