Estudo sugere que a diminuição de biodiversidade favorece o surgimento de novas pandemias
Ao longo dos últimos anos, diversos ecossistemas sofreram transformações, muitos deles pelas mãos humanas.
Uma das principais formas dessas mudanças foram as derrubadas de florestas naturais para a criação de terrenos de cultivo e pecuária ao redor do planeta.
Além disso, um estudo da Universidade Brown estimou que entre 1980 e 2010 o número de surtos epidêmicos triplicou neste período.
Ainda não se sabe ao certo a relação entre o aumento de doenças infecciosas e mudanças ecológicas.
Com intuito de aprofundar-se no assunto uma equipe de pesquisadores da University College London, investigou diversos estudos acerca do tema e chegaram a conclusão que terra é transformada para cultivo, se favorecem espécies mais acolhedoras para microrganismos que podem causar doenças em pessoas.
O avanço humano diminui a biodiversidade, favorecendo espécies que são reconhecidas com melhores hospedeiros de patógenos que podem infectar pessoas, como ratos, morcegos, entre outros animais.
Além de que a diminuição das espécies, faz com que animais que não eram infectados pelos vírus não existam mais e, portanto, não impedem mais a progressão da doença, por diminuir a população animal possivelmente infecciosa.
Uma das perguntas sem resposta é o porquê algumas espécies são favorecidas com o avanço destruidor dos humanos sobre a natureza e o motivo de serem exatamente as que tendem a carregar micróbios mais passíveis de causarem danos aos homens.
Algumas das hipóteses apresentadas pelos pesquisadores é que as características que fazem alguns roedores e aves adaptáveis às mudanças feitas pelos humanos, estejam relacionadas com seu investimento em um sistema imunológico mais tolerante com a presença de micróbios.
FONTE: El País