Os irmãos Amarildo da Costa Oliveira e Oseney da Costa de Oliveira mataram Pereira e Dom Phillips a tiros e depois queimaram e enterraram os corpos.
Os irmãos Amarildo da Costa Oliveira (Pelado) e Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos) confessaram o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips.
Ambos estavam desaparecidos desde 5 de junho na região do Vale do Javari, na Amazônia.
Segundo a fonte da Polícia Federal, os assassinos mataram Pereira e Phillips a tiros e depois queimaram e enterraram os corpos.
Não se sabe ao certo a motivação do crime, mas as suspeitas são de que há relação com a atividade de pesca ilegal na região.
A segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: roubo de madeira, avanço do garimpo e tráfico de drogas.
A Polícia Federal já iniciou a busca para a localização dos corpos. Ainda de acordo com a fonte, deverá ser feito exame de DNA com base em material fornecido por parentes das vítimas.
Buscas e Investigação
As buscas para encontrar o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips tiveram início no dia do desaparecimento, 5 de junho, um domingo.
Inicialmente, a operação foi organizada por integrantes da Univaja. Após não obterem sucesso, eles alertaram as autoridades sobre o sumiço na segunda-feira, 6 de junho.
As buscas reuniram o Exército, a Marinha, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a Polícia Federal. O Exército na região do Vale do Javari com combatentes de selva da 16º Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Tefé (AM).
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirmou que Pereira recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores. A entidade descreveu Pereira como “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.
De acordo com jornal britânico “The Guardian”, do qual Phillips era colaborador, o repórter estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente. Além disso, morava em Salvador e escreveu reportagens sobre o Brasil por mais de 15 anos.
Fonte: G1