Desmatamento na Amazônia e diminuição de flora e fauna no brasil preocupam união europeia
Desmatamento em 2020
O sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou os dados do ciclo ambientalista da Amazônia que vai de agosto a julho do outro ano. E os números são alarmantes.
Entre agosto de 2019 e julho de 2020, houve um aumento de 34,5% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo período de 2018/2109.
Ao todo, foram 9205 km² desmatados, o equivalente a 1.100.000 campos de futebol. Veja o gráfico abaixo da comparação anual:
Cobrança Europeia
A União Europeia afirmou em encontro de líderes que deseja que o Brasil dê mais atenção a causa ambiental.
A pauta surgiu como condição para assinatura do tratado de livre comércio com o Mercosul. E reafirma o foco do bloco europeu na questão ambiental, principalmente no controle do desmatamento.
A aposta é o fato de a presidência da instituição estar com Portugal, isso deve facilitar as negociações. Porém, em junho de 2021 quem assume a presidência é a Eslovênia.
Ignacio Ibañez, embaixador da união europeia no Brasil, afirma: “O fracasso de uma negociação como essa seria uma oportunidade perdida muito grande”.
A Mudança
Aos olhos de algumas autoridades internacionais, o governo brasileiro tem postura anticlimática, ou seja, nega o aquecimento global e suas causas. Além disso, o Itamaraty teve dificuldade em contornar atritos entre governos de Brasil e França no último ano.
A cobrança se dá principalmente para uma mudança de postura, que deverá ser mais engajada e comprometida quanto ao grave cenário ambiental do país nos últimos anos, para o acordo ser firmado.
Os europeus negam negociar os termos do acordo, entretanto estão otimistas quanto a adesão do governo brasileiro, pois segundo embaixadores a postura do governo já migra para uma posição “mais construtiva”.
“O acordo está bem fechado, falta apenas a ratificação, e é nisso que estamos trabalhando”. Diz o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos.
Fontes: Estadão, Greenpeace.