Um olhar para a crise energética no Brasil e o papel de cada um de nós no consumo racional e eficiente de energia.
Em decorrência do aquecimento global, podemos identificar alterações significativas no padrão de chuvas, ventos e outros eventos climáticos em todo o mundo.
No Brasil, os grandes períodos de estiagem, os reservatórios em níveis baixos, e a maior demanda de energia com vários setores voltando ao nível de atividade pré-pandemia são fatores que, combinados, estão gerando um grande descompasso entre a capacidade de produção energética e a demanda.
Apesar do cenário de alerta, segundo Chirstiano Vieira, secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, em entrevista para o programa Brasil em Pauta, não existe risco de racionamento, visto que há um monitoramento permanente do setor em conjunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica e demais instituições que compõem o setor elétrico, e medidas estão sendo adotadas desde setembro de 2020.
Entre as ações tomadas para fortalecer a segurança e a confiabilidade do sistema estão ativar usinas termelétricas – cuja operação é mais cara – antecipadamente, para preservar água dos reservatórios; e a importação de energia elétrica dos países vizinhos desde outubro do ano passado. “Até o momento não há indicação de que sejam necessárias novas medidas”, finaliza o secretário.
Contudo, para passarmos por esse cenário de escassez excepcional – o Brasil vive a maior escassez de chuva dos últimos 91 anos -, o consumo racional e eficiente é fundamental.
“Se desperdiçar, vai faltar”
As campanhas divulgadas pelo Ministério de Minas e Energia pedem que a população economize energia, mas essa atitude começa, sim, pelo poder público.
O governo federal e os órgãos ligados a ele têm como meta a redução de 10% a 20% do consumo. São mais de 600 mil servidores federais que ocupam mais de 22 mil prédios públicos comprometidos com essa meta.
O conjunto de diretrizes que serão seguidas no âmbito federal é o mesmo que é recomendado para o comércio, a indústria e, inclusive, as residências: o uso máximo possível de luz natural, ajuste do ar condicionado em temperaturas confortáveis no ponto de vista térmico, mas não tão baixo que implique um maior consumo, controle de luzes acesas nas instalações e ambientes em que não tenha circulação de pessoas no momento.
O consumo silencioso dos aparelhos no modo espera
A praticidade de manter um aparelho ligado na tomada para podermos ligá-lo pelo controle remoto está tão enraizada no cotidiano que muitos de nós nunca se questionou se o consumo daquela luzinha acesa é representativo ou não.
A resposta é que ele é, sim, muito significativo. De acordo com especialistas, a junção de todos os aparelhos ligados nesse modo podem representar um aumento de até 12% na conta.
No topo da lista dos aparelhos que mais consomem energia no modo stand by estão a televisão e o computador, seja desktop ou notebook. Videogames, micro-ondas, carregadores de celular, decodificadores de TV a cabo e cafeteiras vêm na sequência.
Para outras dicas, acesse o site do Selo Procel de Economia de Energia.
Fontes: Brasil em Pauta, @minaseenergia, Procel/Eletrobrás, JMC