Reflexo direto disso se vê nos peixes e outros animais. Duzentas espécies marinhas já tiveram registro de ingestão de plástico aqui no Brasil. 85% delas estão em risco de extinção.

A cada dez espécies de peixes mais consumidas no mundo, nove já apresentaram microplásticos nos organismos. Entre os mais consumidos aqui no país, estão corvina, dourado e camarão-rosa. Este é um dos reflexos do despejo de um milhão de toneladas por ano no oceano só aqui no Brasil. É o que aponta estudo divulgado nesta quinta-feira pela Organização Oceana. No Brasil, a contaminação foi detectada, além dos oceanos, em riachos da Amazônia, onde 98% dos peixes analisados continham plástico no intestino e nas brânquias.
O estudo revelou que 200 espécies marinhas já ingeriram plástico no Brasil. 85% delas estão em risco de extinção. Um em cada 10 animais marinhos que ingeriu plástico morreu. Em relação às tartarugas, 70% das verdes ingeriram plástico; em algumas regiões do Brasil, esse índice chega a 100%. Cada grama de plástico ingerido aumenta em 450% o risco de definhamento.
O Brasil é o oitavo país que mais polui com plástico no mundo, com mais de 1,3 milhão de toneladas por ano. O engenheiro florestal, Iran Magno, analista de campanhas da Oceana, diz que para frear essa poluição, é preciso eliminar alguns produtos e mudar a forma de produção de outros.
“Para a eliminação a gente tem lidado com os itens descartáveis mesmo então copo talher prato sacolas e aí isso é interessante porque quando a gente olha para o impacto no ambiente marinho como ele se dá em ambientes profundos sacolas são encontradas em ambientes profundos por exemplo então esses itens a gente sugere e o projeto de lei traz isso no texto que eles sejam eliminados quando a gente olha para outro tipo de embalagem incluindo garrafa por exemplo o que a gente defende é que esses produtos sejam adequados para serem de fato recicláveis”
A Fundação Oceana defende a aprovação do projeto que propõe a criação de um Economia Circular do Plástico, por meio de medidas que reinserem o material no sistema de produção e consumo evitando que ele seja descartado na natureza. O projeto tramita na Comissão de Assuntos Econômicos.
Fonte: CBN